Antes de desenvolver qualquer comentário, preciso ressaltar que os Gideões Missionários da Última Hora (GMUH) são uma séria organização cristã que sustenta obreiros e famílias pelo mundo afora através das ofertas que recebe. O GMUH a mais de 30 anos promove seu congresso anual que reúne milhares de pessoas, bem como os mais destacados pregadores e cantores pentecostais do Brasil. Esse evento tornou-se num dos maiores eventos do gênero entre os assembleianos e já faz parte do calendário anual de caravanas de muitas igrejas da denominação. Você poderá conhecer melhor sobre esse abençoado ministério aqui.
Não damos motivo de escândalo a ninguém, em circunstância alguma,
para que o nosso ministério não caia em descrédito. 2 Coríntios 6:3
Os erros que devemos evitar é associar ao evento do GMUH esses
comportamentos e menos ainda generalizarmos a consideração a todos os
que lá ministram. Não concebi o artigo como sendo uma "crítica" ao GMUH,
de forma alguma; é mais uma reflexão sobre uma realidade que nos
assusta: como pode uma personalidade gospel (pastor, cantor ou
cantora) pregarem e cantarem para milhares de pessoas e após a
"ministração" se embriagarem ou se prostituirem? Será falta de temor, é
sinal profético, falta de vergonha ou oportunismo puro? A teologia da
queda aplicada a Lúcifer que se perdeu em si mesmo, ao desviar a atenção
de Deus e focar-se nas possibilidades laterais do trono do Altíssimo,
serve também como fundamento desta meditação.
Jesus disse aos seus discípulos: "É inevitável que aconteçam coisas que levem o povo a tropeçar, mas ai da pessoa por meio de quem elas acontecem. Lucas 17:1
Quanto aos preletores e cantores do GMUH, com o passar dos anos alguns se tornaram profanadores do Evangelho, traidores dos crentes e hipócritas do grande evento. Foram sendo encantados pelo reflexo da grandeza própria, semi-endeusados pelos admiradores e consumidos pelas possibilidades do sucesso oriundo da fé alheia. Para tanto, personalizaram trejeitos, ensaiaram jargões, pregaram e cantaram o inimaginável, venderam CDs, escreveram livros, obtiveram agendas concorridas, atravessaram continentes, tornaram-se astros e estrelas do universo gospel, ganharam dinheiro, acumularam riquezas e alcançaram prestígio; infelizmente o efeito colateral de tantos ganhos que vieram de fora e não do alto, os enredaram em lastimáveis e vergonhosas concupiscências.
Como está escrito: "Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair; e aquele que nela confia jamais será envergonhado". Romanos 9:33
E agora em meio ao lamento dos símplices pelos vitupérios dos "grandes", há exclamações de espantos, celeumas e interrogações capciosas sobre o GMUH e um ponto final para algumas carreiras que se projetaram à custa daquela organização missionária. A bombástica que tornou-se a notícia do fato não é uma exclusividade de alguns dos que já foram ilustres convidados do GMUH - é um defeito da igreja de nossos dias. Crentes que choram, pregam, e cantam em nossas reuniões e que estão piores que os visitantes mais desarrumados do ambiente. Com certeza faltam nesses "irmãos" virtudes necessárias a verdadeira vida cristã; pois continuam como a remar num barco furado, mar adentro, sabendo que a qualquer momento fatalmente irão naufragar.
Não se tornem motivo de tropeço, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus. 1 Coríntios 10:32
O fato é que a vida dos outros é sempre um mistério; e quando não temos
condições de verificar o testemunho cristão por não convivermos com a
pessoa, são as aparências e alardes positivos que contam,
lamentavelmente. Mas, mesmo que tenhamos ouvido pregações e
louvores de gente que não vive nada do que expressa, não perdemos a
nossa bênção e nem deixamos de engrandecer a Deus, pois estamos na
igreja para servirmos a Deus e não para avaliarmos a vida dos outros.
É certo que Deus tratará com cada um de nós e ninguém ficará
inescusável diante dEle. Mas também não podemos ser coniventes com o
erro e se soubermos de faltas graves de integrantes de nossa igreja,
devemos admoestá-los e se preciso comunicar o fato à liderança local
para as providências necessárias.
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